Médico Gastroenterologista e Hepatologista com mais de 15 anos de experiência, atuando com diagnóstico, tratamento clínico e transplantes de fígado em Belo Horizonte / MG.

Atuação em consultório particular e na Clínica de Gastro Hepato do Hospital Felício Rocho, onde também tem as funções de Responsável Técnico pelo Programa de Transplante de Fígado e Coordenador da Equipe de Nódulos Hepáticos.

Diretor Científico da Associação Mineira de Gastroenterologia (2023-2024) e supervisor de pesquisas da área de Hepatologia no Núcleo de Ciências da Saúde.

A gastroenterologia é a especialidade médica que cuida da prevenção, diagnóstico e tratamento clínico das doenças que afetam o aparelho digestivo, incluindo problemas do esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, além de fígado, vias biliares e pâncreas. Como exemplo podemos citar o refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras digestivas, câncer, pancreatite, dentre muitos outros.

A hepatologia é uma área de atuação da gastroenterologia que estuda o fígado e as vias biliares. O médico hepatologista atua prevenindo, diagnosticando e tratando clinicamente doenças como hepatites por vírus, medicamentosa ou outras causas, cirrose, esteatose hepática (gordura no fígado), doença hepática pelo álcool, câncer, cálculos biliares, etc.

O fígado tem múltiplas funções importantes, que incluem papel na digestão, na imunidade, na regulação do metabolismo de nutrientes, na produção de proteínas e de diversas substâncias essenciais ao organismo, na coagulação, na retirada de toxinas do sangue e muitas outras. O fígado é um fiador do equilíbrio do nosso organismo. Os principais agressores do fígado são o álcool, o acúmulo de gordura no abdome gerando esteatose, os medicamentos e alguns vírus. Sua capacidade de regeneração é muito grande e por isso vários de seus problemas acontecem sem a manifestação de sintomas; mas estas agressões podem levar com o tempo à cirrose, uma condição em que ele funciona com dificuldade e apresenta várias complicações sérias.

Podem surgir nódulos no fígado, benignos ou malignos, sendo importante a sua diferenciação para que possam ser tratados de forma adequada. Alguns nódulos benignos não têm consequências normalmente, como os hemangiomas e a hiperplasia nodular focal; outros como os adenomas, podem ter características potenciais de se malignizar e precisam de vigilância. Nódulos malignos como o hepatocarcinoma e o colangiocarcinoma são mais comuns em quem já possui uma doença prévia no fígado e precisam ser identificados precocemente para que recebam o melhor tratamento.

O transplante é uma esperança na vida de portadores de doenças que atingem a funcionalidade do fígado. É um procedimento que envolve muitos profissionais, como o médico hepatologista clinico, responsável pela avaliação e preparação do paciente antes da cirurgia e seu acompanhamento depois; o cirurgião hepático, responsável pela cirurgia e pós-operatório; o anestesista, os enfermeiros especializados, a psicóloga, a nutricionista, entre outros. Em nosso meio ocorre principalmente por meio de um doador falecido, cuja família, em um gesto de desprendimento e generosidade, concorda em doar seus órgãos para salvar a vida de outras pessoas. Há ainda o transplante intervivos, em que um familiar compatível doa parte de seu fígado. Essas atitudes salvadoras trazem nova vida e esperança para pessoas que vivem problemas de saúde muito graves.